Em recente Congresso de Cirurgia Plástica realizado nos Estados Unidos, o respeitado cirurgião Joseph Capela, filho do inventor da "Cirurgia de Capela" (técnica que provoca a restrição do estômago na obesidade mórbida), afirmou que a maioria dos cirurgiões plásticos norte-americanos possui pouca ou nenhuma experiência com técnicas para cirurgia em ex-obesos mórbidos.
No Brasil, também é escassa a quantidade de médicos que dominam as técnicas para execução de uma cirurgia plástica em ex-obesos. A justificativa está no fato de pacientes que perderam 40 quilos ou mais apresentarem extrema flacidez e sobras de pele com pouca base de colágeno, tornando a cirurgia ainda mais delicada, em conseqüência da perda de elasticidade da pele. Dr. Lawson, outro cirurgião Americano dedicado a este tema, declara que "muitos pacientes após grandes perdas de peso se parecem com Sharpeys. Com sulcos e sulcos e sobras de pele", e, em sua grande maioria, esperam ter o corpo ideal logo após a primeira cirurgia, sendo esta a sua grande expectativa.
"A cirurgia plástica no ex-obeso é considerada, por muitos especialistas, como uma super especialidade, já que a maioria está tentando adquirir know-how neste procedimento; além disso, também há a necessidade de se observar uma série de detalhes pertinentes à má nutrição pela restrição do estomago na cirurgia bariátrica, devendo o cirurgião plástico ter experiência e "faro clinico" para se preocupar com esses pacientes em todo o seu conjunto", declara o Cirurgião Plástico Dr. Wandemberg Barbosa.
O médico afirma que o método mais indicado e que oferece os melhores resultados em contorno corporal de pacientes ex-obesos é a TORSOPLASTIA (retirada de grandes blocos de pele e tecido celular subcutâneo da região dorsal inferior, em conjunto com a plástica do abdômen anterior). " Esse procedimento ainda permite a elevação dos glúteos em 5 centímetros, deixando as pacientes muito mais felizes".
Dr. Wandemberg revela, também, que no Brasil, as pacientes ex-obesas mórbidas estão tão exigentes quanto as pacientes que se submeteram a uma intervenção plástica para eliminar pequenos excessos. "Tenho oportunidade de acompanhar alguns programas de televisão transmitidos nos Estados Unidos e percebo que o grau de exigência das pacientes brasileiras é muito maior do que os resultados apresentados nestes programas, e que são considerados, por eles, um sucesso", afirma.
Outras vantagens são apresentadas pelo especialista para que o método seja mais difundido no país. " O período de recuperação em uma TORSOPLASTIA é igual ao de uma plástica de abdômen isolada e, dependendo do caso e da função exercida pela paciente, poderá ser associada à PLÁSTICA DE MAMA e LIPOASPIRAÇÃO. Também não são deixados drenos e o índice de complicações locais é praticamente zero. O grande problema de não se propor mais esta técnica é o fato de um número maior de cirurgiões necessitarem dominá-la com mais freqüência", finaliza o cirurgião.
Fonte: www.copacabanarunners.net